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24 de mar. de 2013

O mistério do sentimento inexplicável

Não sei explicar o que sinto pela minha família. É um sentimento único: não é "só" amor, "só" respeito, "só" confiança, "só" lealdade. É um misto inexplicável. E, assim, são inexplicáveis também o meu sentimento e a minha relação com a Eve, minha irmã. Nem se quer tentarei: não ouso explicar o amor que nos une, a cumplicidade que brota desse amor, a confiança inigualável, a lealdade imensurável. 
Já moramos todos juntos - pai, mãe, Eve e eu. Já moramos nós - Eve, Cissa e eu. Hoje moramos distantes - distância física. Já brigamos, já fizemos as pazes, já cedemos, já ensinamos, já montamos planos e mais planos. Já fomos para a balada, já ficamos em casa, já acampamos, já viajamos, já... Já. Tenho 26 anos e sinto que já fizemos tudo que podíamos juntas: até os meus 26. Mas ainda existirão os 27, os 30, os 40, os 60, os...

14 de mar. de 2013

Proteção para quem?

Um pensamento me levou para outro e outro. Tudo começou quando li uma postagem no grupo São Miguel do Iguaçu no Facebook. Concordei e achei muito digno o texto inicial: família é algo de extrema importância, mas julgar as pessoas pelo erro de outros é um absurdo. 
Porém, os comentários nessa postagem é que conduziram a minha curiosidade. Há diversos pedidos para que a foto de um menor seja enviada por e-mail. Não sei quem é o menor e também não sei se há provas de que ele é o responsável pelas horríveis crimes ocorridos em SMI ultimamente. Entendi pela postagem que ele é o responsável e que a foto dele seria encaminhada por e-mail com uma boa intenção: prevenir, aguçar a atenção das pessoas para que não sejam vítimas.

2 de mar. de 2013

A escuridão e a política

Nunca trabalhei com política, em qualquer instância, posição ou lugar. Tenho um gosto peculiar em acompanhar, mas trabalhar mesmo, engajada, com salário ou sem salário, nunca. Tenho minhas opiniões que me colocam na situação ou oposição, mas nada que me posicione no jogo político. A minha posição é de cidadã. E cidadãos pouco têm a ver com o jogo político. O jogo, a brincadeira, está nos palacetes. E o povo, os cidadãos, estão longe. Em SMI a ruína política é tanta que até mesmo o "palacete" municipal está sobre escoras.
Claro e óbvio que em uma cidade pequena a família é uma unidade tão representativa que engloba até mesmo posicionamentos políticos. Até 2012, nunca havia tornado pública minha opinião política. No entanto, o meu posicionamento só "poderia" ter duas opções: ou era uma alienada que não sabia (ou não me interessava) por nada disso ou era herdeira do Paludo até em seus posicionamentos.
Tenho minhas concordâncias com os posicionamentos que meu pai defendia. Também tenho minhas discordâncias que por horas e horas discuti com ele. Mas um assunto em que concordávamos absolutamente: perseguição política é um mal que deve ser combatido. Tema que remonta a história política brasileira, a perseguição deveria ter se findado com a Constituição Federal de 1988. Porém, sabemos que essa não é a realidade.