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20 de out. de 2012

Sociedade dos anônimos virtuais no mundo real: onde fica?

O último mês foi uma correria. Essa semana ficou ainda pior, sem tempo para nada, incluindo Facebook e blog. Mas, dei uma "passadinha" pelo Facebook e vi um assunto que me fez pensar: o anonimato.
Uma das proeminentes características do relacionamento virtual é a mediação pelas tecnologias, o que garante a muitos a liberdade de escrever o que não teriam coragem de dizer no téte-a-téte. Outro ponto é a facilidade de ser um anônimo. Será que através do anonimato poderíamos liberar nossos "filtros"? Expressar o que pensamos sem qualquer receio de como isso poderia afetar nossas vidas? Mas também pode-se usar o anonimato para desferir acusações, ofensas e causar tumultos sem qualquer fundamento ou boa intenção.

13 de out. de 2012

Quem matou?

Essa semana assisti um capítulo da novela Avenida Brasil. Já sabia a maioria do quem era quem porque  assisto a novela quando vou para a casa da minha mãe e pergunto o tempo todo. Vi alguns comentários que essa novela é muito boa, que é diferente, que é isso, que é aquilo. Eu não gosto de novelas, não acompanhei e, assim, não sei dizer se é boa ou é ruim.
Eu não gosto porque acho tudo muito demorado para acontecer. Mesmo nas tramas sem tanta violência, sem um enredo policial, as novelas são previsíveis demais. As mocinhas são muito tontas, tomam todas as decisões erradas, acreditam nas pessoas erradas. Os mocinhos se enganam facilmente e só no final é que são felizes para sempre: em uma festa de casamento com todo o elenco da novela - incluindo um sem número de personagens grávidas. Em Avenida Brasil, os pombinhos ficaram juntos antes. Eu nem acompanho a novela, mas tenho certeza que a Nina poderia ter desmascarado a Carminha há meses. Aí ficam enrolando tudo por meses e mais meses para chegar no final e... lançar a pergunta "quem matou?".

9 de out. de 2012

Decisão que afasta Promotor de Justiça é divulgada

Esse texto é uma continuação do "TJ-PR recebe mais uma denúncia e afasta promotor do cargo". A denúncia do Ministério Público (MP) que foi aceita por Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) trata sobre a acusação de que Haroldo, Vilson e Pedro tenham agido de comum acordo para prejudicar a concorrência, adulterando um medicamento da farmácia BioFórmula. Depois disso, Haroldo é também acusado de prevaricação; ele e Vilson também são acusados de corrupção passiva. No julgamento da denúncia também ficou decidido o afastamento de Haroldo Nogiri da função de Promotor de Justiça.
Quem tiver interesse em ler a íntegra do acórdão desse julgamento está disponível ao final do texto de duas formas: primeiro explico como realizar a consulta no site do TJ-PR; também coloquei o arquivo em pdf para quem quiser ler por aqui mesmo.

7 de out. de 2012

Dia de comemoração!

Hoje é dia de muitos comemorarem. Não apenas os que sairão vitoriosos das urnas, mas também aqueles que ansiavam pelo término da campanha eleitoral. Para mim, existem dois lados: gostaria que terminasse a rivalidade política que beira, por vezes, a irracionalidade; porém, gostaria que continuasse o interesse por questões políticas importantes. Essa foi a primeira vez que participei ativamente de debates e que escrevi aqui no blog sobre campanha política. Foi a primeira vez que expus publicamente alguns dos meus pensamentos a respeito.
Admito que nos últimos 4 anos, não acompanhei tão próxima as reviravoltas políticas de SMI. Depois que meus pais mudaram para Cascavel, em 2008, e com a morte do meu pai no mesmo ano, passei a visitar menos SMI e destinar minhas viagens na maioria das vezes apenas até Cascavel. Claro que isso não impediu que eu soubesse o que se passava na cidade. Preservo bons amigos por lá, minha mãe e minha irmã vão trabalhar toda semana em SMI, leio jornais e tenho de ir ao município volta-e-meia, afinal uma boa parcela da minha herança ainda está por lá.
Quando me preocupo e participo perguntando e debatendo a política em SMI não é apenas por ter patrimônio ou ser eleitora do município. Lá vivem pessoas que gosto muito e sei o quanto a cidade pode crescer, avançar e ser um lugar ainda melhor para se viver.
Essa campanha foi particular também por outro ponto de vista, mais pessoal, familiar e muito menos público. Pela primeira vez acompanho uma eleição municipal sem a companhia de meu pai. Ao olhar essa situação, tirando toda a carga emocional e saudade de filha, vejo que isso também tem dois lados: 1, perdi o meu melhor companheiro de debates. Por horas e horas, concordando ou discordando, sobrepunhamos nossas opiniões, dados e versões que me garantiram um tremendo aprendizado. Não havia censura nem para assuntos e muito menos para posicionamentos. Debater com meu pai, concordando ou não com suas posições, me forçava a estudar e construir argumentos. Por esse turno, sinto que nessa eleição estava prejudicada - como foi a última presidencial -, sem a companhia do meu grande companheiro de debates que sempre me ensinou e respeitou minhas opiniões.
Por outro lado, 2, a ausência de meu pai na minha caminhada eleitoral trouxe novos elementos. Pela primeira vez eu me permiti uma exposição maior. Nunca meu pai foi contra essa exposição, pelo menos não passou essa ideia para mim. Mas, na falta dos calorosos debates que tinha com ele, busquei de outras maneiras.
Meu pai foi um grande incentivador tanto para que eu buscasse conhecimento quanto para que eu escrevesse. Recebi dele um presente que tenho guardado com muita estima: uma caneta. Ela é pesada,  representa o peso da responsabilidade da escrita. Ganhei o presente quando entrei na faculdade de Direito. Serviria para eu assinar minha primeira peça quando advogada ou qualquer outro rumo que tomasse - juíza, promotora, etc. Ainda na presença física de meu pai, tomei outro caminho - fui cursar Comunicação Social - e prometi que a primeira matéria que escrevesse seria impressa e assinada com o presente para conhecer e reconhecer o peso da caneta.

5 de out. de 2012

PALAVRO x NÉLIO: cobrança ou tentativa de extorsão?

Já esclareci várias vezes que não pratico jornalismo no blog. Não faço notícia, não cubro fatos. Apenas escrevo o que penso sobre o que leio, vejo e escuto. Nos últimos meses tenho escrito diversas vezes com base em documentos como relatórios, sentenças e acórdãos. 
Essa semana tive uma tarefa diferente para o blog. Recebi do Rafael Palavro um e-mail com documentos em anexo que, de acordo com Palavro, demonstram suas alegações que a gestão 2005-2008 da Prefeitura Municipal deixou dívidas não pagas entre comerciantes do município. O texto do anexo recebido tem o título "Nélio Binder entregou a prefeitura sem pagar o que devia a diversos comerciantes". Os documentos enviados por Palavro são orçamentos e requisições de serviços prestados para a prefeitura pela empresa IJP Car Service que, alega Palavro, não foram pagos.
Como a alegação de Palavro não foi decidida judicialmente, o que recebi são apenas acusações. Pensei, pensei e pensei. Não publiquei nenhuma acusação particular aqui no blog. Já publiquei do Ministério Público, mas só depois de ler o documento judicial, a denúncia. Não pretendo e nem vou entrar no meio de um conflito pessoal ou profissional. 
Decidi expor aqui a história do Rafael Palavro, mas também procurar o candidato Nélio Binder, como fiz em todas as outras questões que envolvesse as coligações Amor e Respeito à Família Sãomiguelense e Rumo Novo Com a Força do Povo. Nas outras vezes utilizei os grupos no Facebook. Como o assunto estava cada vez mais delicado, preferi procurar a assessoria da coligação.
A coligação Amor e Respeito à Família Sãomiguelense, através de sua assessoria, respondeu em nota que a IJP Car Service tinha um contrato com a prefeitura para a manutenção de veículos e os pagamentos ocorriam de acordo com a execução dos serviço. Explicou que quando a Prefeitura precisava de um serviço, uma requisição era expedida. Depois da execução, a empresa emitia uma nota fiscal. A empresa fazia o empenho da nota e a prefeitura realizava o pagamento. Na nota, a assessoria argumenta que os documentos que Palavro apresenta são apenas o "início da prestação do serviço", as requisições. A assessoria da coligação alegou que "todos os serviços contratados foram devidamente pagos pelo Município, fato este que poderá ser comprovado através de uma auditoria nas contas da referida empresa e da própria prefeitura".